Ao perceberem que haviam destruído o seu paraíso, os Deuses resolveram ir embora de Atoras, deixando suas criações à mercê de si mesmas. Entretanto Marulin ,o Deus Mago, achou melhor deixar um objeto mágico no qual estava trabalhando há alguns séculos em Atoras. Algo que deveria superar o poder até mesmo dos outros deuses. Alguns sábios descobriram sobre o objeto de Marulin - hoje chamado de Hachikai - mas nunca ficaram sabendo de sua localização exata.
Com a ida dos Deuses, cada raça voltou para seu lugar, em uma trégua velada, mas sem nunca esquecer da maravilha que Marulin deixou para trás. E é assim que estamos hoje. Alguns aventureiros ainda saem em busca do imenso poder do Hachikai. Mas há séculos que os sábios afirmam que a procura pode estar chegando ao fim: uns dizendo que o Hachikai está próximo de ser encontrado, outros afirmam que os deuses não deixarão que tal objeto fique perdido e voltarão para procurá-lo.
Agora basta saber: será que alguém o encontrará antes dos deuses? Será que você, aventureiro, terá força para encontrar o Hachikai?
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A batalha entre os seres de Atoras durou séculos. O que os deuses não percebiam era que, assim como antes da criação de seu Paraíso, seus poderes continuavam a se igualar, assim como o poder de suas criações. Ninguém ganhava. Os humanos morriam com relativa facilidade, mas também se reproduziam com a mesma velocidade, os Onis eram guerreiros selvagens, mas demoravam a voltar do Makai – diziam que era problema de sinalização -, os Youkais dificilmente eram destruídos, mas freqüentemente se viam perdidos em criar pegadinhas em meio as batalhas e os Shinigamis, bem, eles apenas observavam, muitas vezes perdendo o melhor das guerras para acompanharem os movimentos das estrelas.
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Com a paz em mente, Terran, o Deus Criador, começou sua grande concepção e chamou os outros deuses para ajudá-lo: Liriandes compôs toda a trilha-sonora que tocava enquanto os deuses trabalhavam; Kani, nomeou o local como “Atoras”; Youshka, criou uma dimensão para onde todos os erros e coisas que acabavam fossem jogadas, o Makai; Marulin se empenhou em deixar um depósito ilimitado de magia, “melhor prevenir”, sempre falava; Paracelsus trabalhou nas florestas que deveriam cobrir Atoras; Saramun, o ‘esquisitão’, se escondeu na claridade das Terras Luminosas e começou a planejar seu exército de seguidores fanáticos, os Elletri Cisthas; e Gouyama, vendo todo o paraíso sendo construído pelos deuses, com flores, cavernas, cachoeiras, escarpas e cobradores de impostos, se sentiu só. “Que cara é essa, colega?”, perguntava Terran, enquanto moldava as Montanhas do Contra, “Sinto que somente nós oito, habitando essa maravilha, será algo solitário e injusto”, dizia Gouyama, até que um dia exclamou: “Já sei com o que posso colaborar!” – e foi aí que Gouyama criou os seres que habitariam não só Atoras, mas todas as suas dimensões paralelas.
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Quando a criação de Atoras acabou – junto da monumentalmente chata Ópera Atoriana, criada como trilha-sonora por Liriandes – os deuses juntaram-se sobre o Monte Ganzei e festejaram seu feito. Dizem que a festa durou cinco anos ininterruptos, tempo suficientes para os deuses criarem e extinguirem por completo a lendária fruta “uwa”.
Enquanto isso, as criaturas que haviam sido criadas para habitarem Atoras tentavam entender para o que serviam: Os humanos rapidamente entenderam que dormir na chuva não era algo muito inteligente, e começaram a criar suas cidades. Os Onis não gostaram daquilo, não gostaram dos outros seres e, definitivamente, não gostavam de água, ‘muito molhada’, diziam enfurecidos. Os Shinigamis achavam muito estranho tudo aquilo, eles achavam que haviam errado completamente o caminho para onde estavam indo, seja lá onde fosse, e acabaram em Atoras. Entretanto, algo os intrigou: os humanos ‘paravam de funcionar’ rapidamente, ainda mais quando brigavam com os Onis, só que ao contrário do que pensavam, sua existência não acabava ali. Daquela carcaça frágil surgiam outros seres que acabavam indo para uma realidade diferente, o Makai. Entre esses novos seres, os Shinigamis conheceram os Youkais, que inicialmente eram vistos apenas por eles, mas depois se mostrariam para o resto de Atoras.
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Os Deuses logo constataram que junto de seu sopro de vida, sua sede por guerras também foi passada para suas criações. Os humanos encontravam cada vez mais desculpas para batalhar, os Onis não gostavam de nada mesmo, os Youkais faziam qualquer coisa para se dar bem e os Shinigamis não se importavam com nada disso, logo, não ajudavam. Os Deuses notando rapidamente onde tudo aquilo acabaria, inicialmente tentaram pacificar a situação, mas desistiram acabaram escolhendo lados nas batalhas que caminhavam rumo à Grande Guerra. |
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